Traqueobronquite infecciosa canina: a tosse do canil
Quais as causas da traqueobronquite infecciosa canina?
A traqueobronquite infecciosa canina, também conhecida por tosse dos canis, é uma doença de múltiplos fatores causada por vários microorganismos (Bordetella bronchiseptica, vírus da cinomose, CAV-1, CAV-2 e pelo vírus da parainfluenza canina).
Tosse do canil: Doença muito contagiosa
Tratam-se de vírus muito contagiosos. Propagam-se através do ar ou por meio de contato direto. Por essa razão, a doença é muito frequente em locais nos quais se concentram muitos cães, e daí receber o nome de tosse dos canis. O facto de um cão viver sozinho numa casa sem outros animais por perto não exclui a possibilidade de contágio, já que os passeios e as brincadeiras com outros animais podem ser o suficiente para contrair a infeção.
A doença origina outras infeções que afetam unicamente o sistema respiratório, e que não se alastram a outros órgãos. Após infetarem o tecido respiratório, originam lesões inflamatórias a nível dos bronquíolos. Posteriormente, o que sucede é que estas lesões podem ser duplamente infetadas de forma secundária, por alguma outra bactéria.
Sintomas da traqueobronquite infecciosa canina
Entre os sintomas registados, destaca-se uma tosse paroxística muito intensa, desencadeada quando se efetua a palpação da garganta do animal. O que caracteriza e diferencia esta tosse das demais é o seu tom seco e profundo, semelhante ao que o animal produziria se algum corpo estivesse atravessado na sua garganta. Por vezes, inclusive, a tosse provoca uma pequena convulsão ou vómito. A tosse pode vir acompanhada de febre. Geralmente, o quadro clínico dura de entre 3 a 7 dias. É mais frequente nos cachorros. Nos cachorros a doença assume formas mais graves, devido ao sistema imunitário pouco desenvolvido.
Evolução e tratamento da traqueobronquite infecciosa canina
Trata-se de uma doença auto-limitada, e por isso quase todos os cães atingem a recuperação sozinhos sem a necessidade de se iniciar qualquer tipo de tratamento. No caso de surgirem complicações bacterianas secundárias provocadas pela infeção das lesões inflamatórias, poderá ser utilizada a terapia antibiótica empírica de amplo espectro. As vacinas com estirpes de vírus parainfluenza e de adenovírus previnem o desenvolvimento da traqueobronquite canina. No entanto, a vacina contra a bactéria Bordetella bronchiseptica é mais eficaz. O facto de já ter padecido a infeção atribui uma imunidade duradoura. O prognóstico da traqueobronquite canina é excelente, devido à sua progressão auto-limitada e sem necessidade de tratamento. Apenas é necessário ter em consideração que se podem produzir infeções bacterianas secundárias durante a progressão da doença, e que necessitam de tratamento.
Precaução com os cachorros
Os cachorros são mais propensos de padecer esta patologia, devido à imaturidade do seu sistema imunitário. É possível tentar estimular o desenvolvimento do sistema imunitário por via direta, através da alimentação do cachorro com uma dieta complementada com imunonutrientes; ou por via indireta, alimentando a mãe com nucleótidos que chegarão ao cachorro por meio do leite materno.