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    Demência senil em cães: intervenção dietética e comportamento

    A demência senil nos animais de estimação é uma alteração muito comum na prática clínica diária, embora o seu diagnóstico e tratamento sejam aspetos pouco claros graças à inespecificidade dos sinais clínicos. Portanto, é necessário o seu estudo e conhecimento.

    O que é a demência senil em cães

    A demência senil em cães, também conhecida como síndrome de disfunção cognitiva, é uma doença degenerativa que ocorre frequentemente em animais geriátricos entre os 6 e os 10 anos.

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    Caracteriza-se por uma alteração comportamental do doente, de tal forma que o dono e o profissional veterinário observam uma perda progressiva de funções cognitivas. Alguns dos aspetos que são afetados nesta situação são:

    • A memória
    • A capacidade de aprendizagem
    • O reconhecimento
    • A perceção do ambiente

    No entanto, esta patologia não só afeta a etologia do doente, como também está associada a um quadro clínico de alterações locomotoras, sensoriais e orgânicas do cão.

    Neurofisiologia e quadro clínico

    Existem determinadas alterações químicas e físicas associadas à idade que são os principais causadores da demência senil em cães. Ao nível do encéfalo, ocorre atrofia cortical, dilatação dos sulcos cerebrais, aumento do tamanho dos ventrículos e retração das circunvoluções. Contudo, a descoberta anatómica mais significativa nessa patologia é a perda progressiva de neurónios à medida que a idade do doente vai aumentando.

    Vários estudos realizados ao longo dos anos associam a proteína cinase C (PKC), a proteína cinase A (PKA) e a proteína cinase dependente de AMPc à memória a curto e a longo prazo nos cães devido, por um lado, às suas localizações no hipocampo e, por outro lado, à sua função de fosforilação de vários substratos no cérebro.

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    As manifestações clínicas da disfunção cognitiva canina incluem desde pequenos sinais, como desorientação, dificuldade em localizar os alimentos ou redução das interações sociais, até alterações mais graves, como alterações no ciclo do sono ou redução da atividade física e resposta sensorial a estímulos.

    Nutrição e adaptações na rotina

    A síndrome de disfunção cognitiva é um processo que não tem cura, pelo que tanto os donos como o profissional veterinário precisam de várias técnicas para atenuar e atrasar, na medida do possível, o quadro clínico.

    Um dos aspetos fundamentais no tratamento da demência senil nos cães é a terapêutica nutricional. Foi comprovado que uma dieta rica em antioxidantes, como a vitamina C, a E, os betacarotenos, os flavonoides e os carotenoides, aumenta a função mitocondrial e abranda a deterioração.

    Do mesmo modo, os ácidos gordos e os triglicerídeos de cadeia média também estão relacionados com a função mitocondrial e a formação da proteína precursora da substância amiloide, podendo a sua administração ser benéfica em doentes seniores ou que já mostrem sinais deste transtorno.

    A gama de produtos Advance Senior foi formulada especificamente para preservar a saúde dos cães idosos, tanto a nível locomotor e cardiovascular, como cognitivo, graças ao seu conteúdo de antioxidantes e ácidos gordos essenciais.

    Por outro lado, também é necessário realizar alterações na rotina diária do cão para a adaptar às suas novas necessidades (abordagem etológica), incluindo:

    • Passeios curtos.
    • Ordens simples.
    • Reforçar a educação positiva.
    • Simplificar as brincadeiras.
    • Acrescentar ao ambiente odores e objetos diferentes para despertar a sua curiosidade.

    Conclusão

    A síndrome de disfunção cognitiva nos cães é uma patologia muito comum em animais geriátricos com um quadro clínico comportamental específico. Para melhorar a qualidade de vida do animal é imprescindível uma combinação de terapêutica dietética e etológica que cubram as suas necessidades e atrasem os sinais clínicos.

     

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