Parasitas em gatos: prevalência de Bartonella Henselae na Catalunha
Hospedeiro intermediário onde atinge a maturação, geralmente carraças e pulgas, e estas últimas são o vetor principal de parasitas em gatos.
O ciclo biológico desta bactéria implica um hospedeiro intermediário onde atinge a maturação, geralmente carraças e pulgas, sendo que estas últimas são o vetor principal nos gatos.
Os gatos infetados de forma natural são portadores subclínicos assintomáticos de Bartonella Henselae. Esta é uma doença zoonótica, o que significa que pode ser transmitida entre animais e humanos. As pessoas imunodeprimidas possuem maior risco de contrair a infeção, ainda que atualmente se observe mais frequentemente em pacientes com um estado imune normal.
Esta doença aumentou a sua incidência no homem nos últimos anos. Estudos serológicos e culturas indicam que uma alta percentagem de gatosforam expostos ou infetados por esta bactéria. Na Catalunha, realizou-se um estudo em 115 gatos para determinar la prevalência da bactéria e a existência de anticorpos.
Dos gatos selecionados para o estudo, 33% tinham cerca de um ano de idade, 54% eram fêmeas e 87% eram gatos domésticos. 86% eram animais saudáveis e 14% apresentava algum tipo de patologia: infeção do sistema urinário, infeção do útero e vermes. 76,5% tinham tido contacto com outros animais e 17% foram infestados com pulgas.
Analisaram-se as estirpes de Bartonella previamente isoladas dos gatos, pela reação em cadeia da polimerase específica de Bartonella (PCR) e a sequência de ARN ribossomal 16S-23S (rRNA) fragmento de gene. Correlacionou-se a seropositividade de B. Henselae e bacteremia baseando-se a mesma em fatores como a idade, sexo, presença de anticorpos, contacto com outros animais e parasitas.
Através de exames de anticorpos imunofluorescência observou-se que 29,6% dos animais tinham um título igual ou superior a 1:64. Identificaram-se 7 estirpes de Bartonella Henselae, e isolaram-se utilizando técnicas de culturapadrão, e a amplificação por reação em cadeia da polimerase. Após isso, realizou-se a sequência na região de espaço intergénico entre os genes de ARN ribossomal 16S e 23S.
De todos os fatores sobre a taxa de bacteremia estudada, a presença de anticorpos foi, estatisticamente, a mais significativa. Os dados concluem que a infeção com B. Henselae nos gatos está presente no centro urbano da Catalunha.
Sinais nos gatos
- Febre
- Letargia
- Linfadenopatia localizada
- Uveíte
- Lesões renais e cardíacas
- Gengivite
A infeção é adquirida nos primeiros meses de vida. Uma vez superada essa etapa, os gatos não apresentam sinais da doença, mesmo tendo bacteremia durante um período de tempo prolongado.
Sintomas em humanos
- Lesões de inoculação: Pápulas ou pústulas
- Linfadenopatia
- Febre
- Fadiga
- Dor de cabeça
- Perda de apetite
- Erupções
- Mau-estar generalizado
- Dor de garganta
Em casos menos habituais pode progredir com infeções do fígado, baço, ossos, articulações ou pulmões, ou com febre alta persistente. Algumas das pessoas afetadas desenvolvem o síndrome óculo-glandular de Parinaud, cujos sintomas incluem: formação de uma úlcera de tamanho reduzido na conjuntiva, vermelhidão ocular e inflamação dos gânglios linfáticos da parte anterior do ouvido.
Prevenção
É preferível um estilo de vida interior para gatos, reduzindo o risco de infestação por pulgas e o tempo de contacto com animais que vivem na rua. Além disso, o uso de produtos para o controlo das pulgas irá deter o ciclo destas e evitar o contágio dos animais de estimação.
Atualmente, não existem vacinas disponíveis contra a Bartonella para gatos.
Para prevenir a doença em humanos, devem-se seguir umas simples diretrizes: lavar as mãos com água e sabão depois de brincar com o gato, desinfetar arranhões e mordeduras, não permitir que o animal lamba a pele, olhos, boca e feridas abertas ou cicatrizes, e não tocar em gatos de rua.