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    Displasia de cotovelo em cães: lesões primárias mais comuns

    Esta condição é congénita e hereditária, de herança poligénica; ainda que possa surgir devido a outros motivos: traumatismos, peso corporal, exercício físico, a alimentação ou as condições ambientais.

    Displasia de cotovelo significa desenvolvimento anormal do cotovelo. A DC é uma anomalia na formação do entalhe troclear do cúbito (que articula com o úmero), repercutindo na relação entre os dois ossos e também no osso do rádio. As lesões primárias afetam diferentes áreas da articulação, prejudicando o crescimento da cartilagem ou de outras estruturas em redor; podendo ser uni ou bilateral e apresentando mais incidência nos machos.

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    As lesões primárias, no geral, induzem posteriormente a uma doença degenerativa articular. As mais comuns são:

    • Incongruência articular: O osso subcondral da curvatura do cúbito não está paralelo à cabeça do rádio nem à curvatura do côndilo umeral.
    • Fragmentação do processo coronoide intermédio: fissura que se produz no processo coronoide medial do cúbito, com uma separação total ou parcial do mesmo.
    • Osteocondrite do côndilo umeral: formação de uma prega que se separa do côndilo do úmero devido a um atraso na ossificação endocondral.
    • Processo ancóneo sem união: Separação entre o centro de ossificação secundário do processo ancóneo e o olecranon que pode causar uma separação total do processo ancóneo, estabelecendo-se uma brecha entre o mesmo e o olecranon.

    Cada uma destas anomalias pode existir separadamente; mas habitualmente duas ou até três delas coexistem num cão. Geralmente, a principal razão para a má formação da articulação do cotovelo é um aumento rápido na massa corporal, associada à apariçãosimultânea de osso e necrose da cartilagem, que conduz à deformação do processo coronoide intermédio, bem como do côndilo umeral e do processo ancóneo, estando ambas complicações relacionadas.

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    Sintomas

    • Manifestações de dor
    • Claudicação (coxear) uni ou bilateral (geralmente no frio)
    • Caminhar característico com rotação externa do cotovelo
    • Rejeição da atividade física (corrente em cães de idade precoce)

    Diagnóstico

    Avaliação da sintomatologiaexploração física, radiografias e outros exames de diagnóstico por imagiologia, como a tomografia computorizada e a ressonância magnética.

    A única patologia que apresenta sintomas radiológicos na idade de 4-7 meses é o processo ancóneo; o resto delas a partir de um ano de idade.

    Um diagnóstico precoce permite reduzir as consequências desta doença, instaurando o tratamento adequado, evitando a aparição de artroses, dor e a limitação na capacidade funcional do cotovelo.

    Tratamento

    Será em função do grau e antiguidade da lesão.

    • Intervenção cirúrgica. Nos casos mais graves e antes do desenvolvimento da osteoartrose.
    • Órtese do cotovelo (complemento ortopédico para fixar a articulação do cotovelo)
    • Analgésicos, anti-inflamatórios e condroprotetores
    • Repouso
    • Controlo do peso / alimentação específica (como Articular Care da gama Advance)
    • Modificação dos hábitos de exercício

    Com um diagnóstico precoce, podemos apaziguar ou melhorar os sintomas da DC, tratando-se de forma conservadora e conseguindo, em muitos casos, uma evolução bastante favorável.

    Quando a displasia de cotovelo está muito avançada, a solução será a intervenção cirúrgica:

    • Incongruência articular: de acordo com o tipo. O mais comum com osteotomia cubital.
    • Fragmentação do processo coronoide intermédio: extração mediante artroscopia.
    • Osteocondrite do côndilo umeral: reparação com artroscopia.
    • Processo ancóneo sem união: osteotomia cubital proximal dinâmica e fixação com parafuso.

    Prevenção da displasia do cotovelo nos cães

    Os cães de raças grandes e com um desenvolvimento precoce deverão ter uma dieta sem excessos de proteínas, bem como evitar o abuso do cálcio e da vitamina D. Durante a etapa de cachorro, o

    exercício deve ser controlado e limitado, com brincadeiras e aventuras de baixo impacto que não lhes causem traumatismos que possam originar ou agravar a displasia de cotovelo.

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